sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fiscalização no âmbito do comércio de madeira nativa

Por Samuel Barsanelli Costa

O Estado de São Paulo tem empreendido ações no âmbito da fiscalização do comércio irregular da madeira nativa, como uma das ações decorrentes do projeto ambiental estratégico São Paulo Amigo da Amazônia. Para tornar essas ações possíveis, o Estado assinou, junto do IBAMA, um termo de cooperação técnica, que possibilita o acesso ao Sistema DOF — sistema eletrônico responsável por todo o controle do comércio de madeira nativa, desde o corte até a destinação final da madeira.


No transporte de madeira, a fiscalização é realizada nas principais estradas do estado, e o objetivo é verificar se as mercadorias estão acompanhadas de Documento de Origem Florestal e Nota Fiscal. Já no armazenamento, o foco são as madeireiras, e o objetivo é verificar se o volume e as espécies de madeira disponíveis no pátio correspondem ao declarado no sistema eletrônico. Em ambos os casos, qualquer divergência é passível de autuação, de acordo com o Art. 47 da Resolução SMA 32/2010.

Para mais informações acesse: http://www.ambiente.sp.gov.br/madeiralegal/ sistemaDof_oq_e.php.

Samuel Barsanelli Costa

O que fazer quando encontrar um animal silvestre?

Por Jefferson Rodrigues Tankus



Apesar da forte pressão antrópica nas regiões metropolitanas de nosso estado, ainda é possível encontrarmos uma certa variedade de espécies animais que se adaptaram ao nosso ambiente. Na sua maioria, são espécies de aves silvestres que se adaptaram a viver nos parques e áreas verdes das grandes cidades. Com um ambiente tão modificado e imprevisível, não é difícil que acidentes aconteçam a esses animais, e os mesmos venham a padecer. É inerente ao ser humano (a alguns pelo menos) a vontade de ajudar essas pequenas criaturas e dar-lhes uma segunda chance de sobrevivência.

Mas como devemos proceder visando tanto o bem estar dos animais quanto o nosso?

Bem, aqui vão algumas dicas do que fazer quando nos depararmos com uma situação dessa.

Pariri (Geotrygon montana)
A primeira coisa que devemos observar é se o animal realmente precisa de nossa ajuda, pois muitas vezes não é esse o caso. Uma intervenção humana só pioraria a situação.
Se encontrar, por exemplo, um filhote de pássaro caído, o mais correto seria tentar devolvê-lo ao ninho, e não levá-lo para casa como muitas pessoas fazem. Com certeza, o melhor lugar para um filhote é ao lado dos pais. Caso esta situação não possa ser realizada, por exemplo, por o ninho estar muito alto ou não o encontrarmos, jamais devemos tentar criar esses animais em casa. Em primeiro lugar, porque isto constitui crime previsto na lei de crime ambientais (9605/98), com pena de detenção e multa; em segundo, porque na maioria das vezes a pessoa até bem intencionada acabará prejudicando a ave, uma vez que dificilmente saberá ou terá acesso aos alimentos e equipamentos necessários para que se tenha sucesso na cria artificial desta ave.

Muitos pássaros são insetívoros — ou seja, comem insetos —, necessitando de alimentação especializada. Algo que muitas pessoas não têm como providenciar. Outras aves, como os rapinantes, são carnívoras, mas necessitam de ingerirem presas inteiras — ou seja, todas as partes do corpo de outro animal — para uma correta nutrição. Uma alimentação apenas com carne irá gerar um filhote doente e sem condições de retornar à natureza posteriormente, caso não morra de desnutrição.

Então o que devemos fazer? O correto seria chamar o órgão responsável, que enviará um técnico ao local para que avalie a situação e, caso necessário, faça a remoção do animal e o encaminhamento do mesmo a locais habilitados na reabilitação de vida selvagem.

Se a situação exigir, e você mesmo tiver feito o socorro do animal, ligue imediatamente para os órgãos ambientais (Polícia Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente, Ibama) informando o ocorrido e solicitando a remoção do animal para atendimento o mais rápido possível. Evite, sobretudo, manusear o animal, pois há riscos de transmissão de doenças, além de bicadas, mordidas e arranhões, que podem ser bem dolorosas.



Jefferson Rodrigues Tankus